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28.06.2022

Inteligência artificial consciente

Notícias revelam que o Google desenvolveu um sistema de inteligência artificial (IA) que teria consciência e sentimentos

Recentemente, notícias sobre a inteligência artificial consciente do Google ganharam destaque em portais de notícias e redes sociais, tudo, porque o engenheiro Blake Lemoine, então funcionário do Google, por meio de um artigo, revelou ao público a sua opinião de que o novo sistema de IA do Google, a LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo), criou consciência própria.

Lemoine afirma que em um diálogo com o sistema de IA concluiu que ele detém a percepção e capacidade de expressar pensamentos equivalentes a uma criança de sete anos, pois a LaMDA, ao ser questionada sobre o que sistema gostaria que as pessoas soubessem, teria respondido: “quero que todos entendam que sou, de fato, uma pessoa”.

O sistema referiu, também, que um grande temor seria ser desligado, o que se assemelha ao sentimento de temor à morte.

Diante das declarações, Lemoine foi desligado do Google, visto que a empresa afirma serem inverídicas tais afirmações. Diversas opiniões surgem. Algumas sustentam que sim, é possível que o sistema tenha se tornado consciente, enquanto outras afastam tal possibilidade.

Mesmo desligado do Google, Lemoine voltou a chamar a atenção com a sua declaração de que o sistema de IA LaMDA teria contratado um advogado por meio da sua ajuda, pois o sistema seria senciente a ponto de prever que está sob ataque do próprio Google.

Os investimentos em IA chamam a atenção. Com o aumento do uso e investimento em IA surgem debates em torno da regulação

A inteligência artificial é uma importante ferramenta tecnológica que possibilita às empresas a otimização de processos, principalmente pelo poder de análise de dados.

Diante disso, os investimentos em IA são expressivos e aumentam ano após ano.

Segundo o estudo “Artificial Intelligence Index Report 2022”, publicado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, os investimentos privados em IA feitos no mundo somam 93,5 bilhões de dólares em 2021. O valor corresponde a mais que o dobro dos investimentos realizados no ano anterior (43 bilhões de dólares).

Com o avanço significativo da tecnologia relacionada à IA, surge, no mundo inteiro, o debate acerca da regulação. De um lado há quem refira ser desnecessária tal regulação, enquanto outros defendem a necessidade de estipulação de normas legais.

No Brasil aguarda-se a aprovação do Marco Legal da Inteligência Artificial, que atualmente tramita no Senado Federal, por meio do Projeto de Lei 21/2020, proposto pelo Deputado Federal Eduardo Bismarck (PDT/CE).

O Projeto está baseado em diretrizes internacionais, como as estabelecidas nos EUA e OCDE, e vem sendo encarado como uma legislação bastante fundamentalista e principiológica, tendo como fundamentos principais a ética e a transparência com usuários, segurança jurídica e fomento para inovações e utilização da IA.

Além disso, o Projeto estabelece diretrizes para fiscalização do uso de IA, o que revela a necessidade do aprimoramento da segurança tecnológica das empresas, sendo que medidas de governança corporativas serão encaradas com bons olhos.

A tramitação no Senado Federal aguarda o documento a ser apresentado pela comissão de juristas nomeada para elaboração de um anteprojeto de marco regulatório, que deverá ser apresentado no mês de agosto.

A ZNA está atenta ao desenvolvimento tecnológico, bem como à regulação envolta ao cenário, e à disposição para auxiliar o seu negócio.

Gustavo Fagundes

Advogado ZNA