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11.05.2021
Indústria 4.0 e Sustentabilidade
Antes de conceituar a expressão Indústria 4.0, é importante fazer a sua contextualização no âmbito histórico, na medida em que a primeira revolução industrial caracterizou-se pela mecanização do processo industrial. Depois, a Indústria 2.0 utilizou-se da energia elétrica, tendo ocorrido ampla evolução na Indústria 3.0, que passou a utilizar a computação.
Na sequência e atualidade, surge a Indústria 4.0, que engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, robótica, internet e computação em nuvem, que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócio.
Além disso, essa quarta revolução industrial tem impacto significativo na produtividade, pois aumenta a eficiência do uso de recursos e o desenvolvimento de produtos em larga escala, situação que implica transformações na gestão empresarial.
O uso das referidas tecnologias permite o aumento da capacidade produtiva, além de melhorar o desempenho e trazer soluções mais eficientes para os problemas do dia a dia, a fim de otimizar os processos e o uso dos recursos, inclusive naturais. Daí a importância de tecnologia e sustentabilidade caminharem em sintonia.
Veja-se que, embora para alguns a Indústria 4.0 seja apenas destinada a grandes empresas com acesso a esse novo modo de produção, ela, na verdade, mostra que o ganho de produtividade está mais relacionado com o quanto se aprende com o processo produtivo, e como esse aprendizado transforma-se em ações concretas, razão pela qual as empresas de menor porte conseguem beneficiar-se com o uso das tecnologias digitais.
Não é por acaso a grande quantidade de startups que se dedicam ao desenvolvimento de produtos sustentáveis, garantindo custos menores e operações mais dinâmicas, restando claro que a sustentabilidade não envolve apenas o zelo com o meio ambiente, mas também – e fundamental – a importância na redução de custos e na otimização da operação.
Nesse contexto, sem dúvida, o objetivo da Indústria 4.0 é a produção, geração e fortalecimento da economia, por meio do uso de novas tecnologias para automação e dinamização dos processos; no entanto, esses processos devem ser benéficos à qualidade de vida, e não ser nocivos ao meio ambiente, garantindo o melhor aproveitamento dos recursos utilizados pelas indústrias – e os seus eventuais resíduos –, gerando, dessa forma, um produto ou um serviço sustentável.
Patrícia Pantaleão Gessinger Fontanella
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